As atividades de EA e divulgação científica do grupo iniciaram-se em 1997 com a elaboração e execução de um curso de ensino de ecologia para professores do ensino médio, mas foi partir de 2000 que as atividades de EA começaram a ser realizadas pelo laboratório de modo mais sistematizado. Inicialmente as atividades eram voltadas para a realização de trilhas interpretativas com crianças, jovens e adultos no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, através do Projeto Ecolagoas e de cursos para professores da região. Estas iniciativas apresentavam mais um caráter de extensão universitária do que de pesquisa. Ações de ensino também foram deflagradas quando se criou a disciplina “Instrumentação em Ensino de Ecologia oferecida pelo de departamento de Ecologia e envolvendo diretamente professores e a estrutura do laboratório no Rio de Janeiro e em Macaé.
Com passar do tempo a EA no laboratório foi se tornando objeto de pesquisa, com compromissos da pesquisa engajada e translacional. No Programa de Pós Graduação em Ecologia (IB/UFRJ) foi criada uma linha de pesquisa “Gestão Ambiental” que procura agregar as discussões de cunho socioambiental nas pesquisas ecológicas. Alunos foram formados no laboratório e atualmente trabalham com EA em diversos setores da sociedade. Atualmente, as pesquisas da linha também se desenvolvem nos Programas de Pós Graduação em Educação em Ciências e Saúde (NUTES/UFRJ) e no de Pós Graduação em Ciências Ambientais e Conservação (NUPEM/UFRJ) os estudantes podem desenvolver suas pesquisas investigando a formação inicial e/ou continuada de professores e educadores ambientais, relações entre Educação em Ciências e Educação Ambiental, questões ambientais como justiça ambiental, justiça climática e processos educativos ambientais na América Latina.
Nossas pesquisas têm buscado entender: (i) a inserção da Educação Ambiental e de temas ambientais nos currículos de formação de professores de ciências, e de educadores ambientais considerando as relações entre discurso e poder nas práticas sociais; (ii) tensões entre preservação e uso de ambientes que configuram processos de injustiças socioambientais, (iii) enfoques de uma agenda ambiental específica em espaços educativos orientados à sustentabilidade.
A questões que temos investigado partem das premissas de que o meio ambiente é considerado nas suas múltiplas dimensões, os diálogos Norte-Sul sobre as questões socioambientais pode contribuir para a produção de conhecimentos não de forma a reproduzir a colonização de um sobre outro, mas de potencializar novas emergências e a construção de uma agenda alternativa ao capitalismo. Ainda trabalhamos com análises inspiradas pelos estudos críticos do discurso que consideram que a linguagem não é transparente, que análise crítica do discurso permite desvelar relações de desigualdades que estão naturalizadas na prática social e que estrutura e agência regulam e conformam os processos de formação e os conflitos ambientais.
Relacionados a marcos teóricos pós-críticos, entendemos que diálogo de saberes proporciona a emergência de novos saberes e reposiciona a ciência e seu status de conhecimento, assim algumas investigações têm buscado esse diálogo a partir da agenda de pós-desenvolvimento em busca da sustentabilidade por meio dos princípios do bem viver concebidos na ética, estética e política, e a partir de elementos como a afetividade em espaços naturais.
Nossas pesquisas têm interface com outros grupos de pesquisa: LEME (NUTES/UFRJ); LAPEAr (Unirio); Educación y Diversidad (Univalle, CO); GERAES (NUTES/UFRJ) e GRESC@ (UAB, ES).
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